terça-feira, 28 de agosto de 2012

30 horas e a Fonoaudiologia - Vale a pena? (parte 1)

Os profissionais de saúde pelo Brasil afora estão reivindicando carga horária máxima de trabalho, em um vínculo empregatício, de 30 horas.
As aparentes vantagens parecem ser óbvias: O profissional não viverá estressado pelas jornadas longas de trabalho, serão abertas mais vagas de trabalho, dentre outras vantagens que podem ser enumeradas. Mas será que as duas primeiras premissas são verdadeiras?

O que vemos na prática, com as outras profissões de saúde que já possuem lei das 30h, é inicialmente a redução salarial. Há locais de trabalho que pagam o profissional por hora. Consequentemente, menos horas trabalhadas equivale a menos salário.
Além do salário mais baixo, em nenhum momento foi discutido condições de trabalho. Há locais de trabalho que superlotam o profissional de pacientes. Exigem que a produção de 30h se equipare a de 40h. Pedem ao profissional para que atenda em grupos, e muitas vezes os profissionais não possuem formação para atendimento em grupo. A demanda de pacientes é tão volumosa que não há como atender o paciente razoavelmente bem.

Portanto, ao invés de ter uma carga horária de 40h planejada, com horário para estudo, aprimoramento profissional (quiçá formação para atendimento em grupo) e planejamento terapêutico, tem-se uma carga horária de 30h de atendimento per-se. O que vale é a "produtividade", o esvaziamento a qualquer custo da fila de espera. E o profissional que pegue as suas 10h, "teoricamente" de lazer e as transforme em estudo de pacientes, aperfeiçoamento OU, o mais provável, em mais horas de trabalho em outro lugar.
Ou seja, o profissional que dê o seu jeito.

Constitucionalmente, os profissionais de saúde podem acumular dois cargos públicos. Aí, os concurseiros de plantão fazem dois concursos, acumulando não uma carga horária "longa" de 40h, mas uma de 60h. 30h em cada vínculo. Em muitos Estados do Brasil, os salários são abaixo da crítica e muitas vezes, para se ter um salário razoável e a estabilidade do concurso público, o profissional de saúde assume dois concursos, tendo de cumprir carga horária inclusive à noite.

Parece que estamos discutindo primeiro a galinha e depois o ovo. Discutir primeiro carga horária, sem discutir condições de trabalho, plano de carreira e salário, não ME parece ser uma solução que valha a pena.

Há diversos órgãos de excelência, como a Rede SARAH (da Associação das Pioneiras Sociais) que pagam um salário de R$ 8.888,51 (oito mil oitocentos e oitenta e oito reais e cinquenta e um centavos) para carga horária de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, com dedicação exclusiva. Isso não significa que o profissional vai ficar atendendo paciente as 44h. Isso significa que a Rede SARAH quer um profissional de excelência exclusivamente para ela. Para tanto, ela investe na formação deste profissional, custeando cursos, treinamentos e, é claro, o planejamento terapêutico de cada paciente.

Portanto, o que precisamos discutir primeiro é onde queremos trabalhar e como queremos ser remunerados por isso. Após, quantas horas seriam salubres para estarmos em contato com pacientes? Ou já está decidido que 30h em contato direto com paciente é salubre?

Não pretendo esgotar a discussão aqui, por isso denominei de parte 1 este texto.

Claudio Gabana - Fonoaudiólogo CRFa 8833-RS
1º tesoureiro do Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado do Rio Grande do Sul
Membro da Rede de Apoio ao CREFONO7
Atua 20h na Prefeitura Municipal de Imbé-RS, distribuídas em 35 horários para pacientes. Gasta, certamente, tempo extra estudando casos destes pacientes.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Parto natural é benéfico ao desenvolvimento cerebral dos bebês

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Yale (EUA) comprovou que o parto natural favorece o desenvolvimento cerebral do bebê. Isto acontece devido à expressão de uma proteína, que não se manifesta nos casos de cesárea. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica PLoS ONE. Saiba mais.htpp/www.mundodastribos.com

“Nota Técnica sobre Aleitamento Materno, Distribuição de Leites e Fórmulas Infantis em Estabelecimentos de Saúde e a Legislação”.

 O Ministério da Saúde acaba de publicar a “Nota Técnica sobre Aleitamento Materno, Distribuição de Leites e Fórmulas Infantis em Estabelecimentos de Saúde e a Legislação”.
O documento esclarece sobre a intervenção e o impacto que a distribuição de fórmulas infantis e leites artificiais, em estabelecimentos de saúde, têm na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.
A Nota Técnica deve chegar a todos os municípios do estado e a todos os estabelecimentos de saúde que realizam atendimentos a mães, crianças e suas famílias.   Para  saber  mais  acesse  o ministério da saúde.